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Mostrando postagens de junho, 2018

Quando não existir mais nada entre nós.

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Entre as sorrateiras palavras e risadas despretensiosa sob uma lua latente e penetrante deste escalpe inverno frio nos encontramos de repente. Não pude fazer um pacto com o tempo ... e vi como as mãos do relógio ameaçavam lentamente o nosso pôr do sol. Na memória ofusca e sem gana Derrotado na impossibilidade de ver seu último olhar... Aquele em que eu costumava me perder completamente  A violenta inquietude inquieta do seu espírito, perfila o perfume da sua distância. No arrepio da sua pele me revirando tudo Mordo meus lábios e sua boca quente volta Ressuscitando tudo Da história tenra debruço sobre o perder tudo Do perfeito cúmplice abandonado para apodrecer Confrontei o mundo para depois perder a órbita Então voltarei para aquele canto, o único que era meu por um dia. A dor me deixa mais forte ... E talvez amanhã ... talvez ...eu sorria quando  não existir mais nada entre nós.                   ...

Sensação estranha

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Sensação estranha que você produz em mim Eu permaneço calmo Boêmio no imenso espaço. Eu idealizei uma estrela no brilho dos seus olhos e eu coloquei um nome Um nome que me lembra você. Eu encontrei um acorde que eu não sabia cantar mas eu fiz o meu teu e nosso Eu te transformei em minha criação. Você já é uma canção de um dilema sem causa Preferindo ficar perplexo no calor do teu beijo Ela tinha o dom de ver a beleza nos outros.                                                                Geovany Duarte

A Honra do Suicídio

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O filósofo norte-americano contemporâneo Ronald Dworkin escreveu:    A morte domina porque não é apenas o começo do nada, mas o fim de tudo, e o modo como pensamos e falamos sobre a morte — a ênfase que colocamos no “morrer com dignidade” — mostra como é importante que a vida termine apropriadamente, que a morte seja um reflexo do modo como desejamos ter vivido.     Afinal, o suicídio é fruto de uma opção. Por mais impulsivo que seja o ato e por mais confusos que sejam os motivos, no momento em que uma pessoa finalmente decide pôr fim à própria vida, atinge uma certa clareza temporária. O suicídio pode ser uma espécie de declaração de falência que condena a vida da pessoa como uma longa história de fracassos.           Mas é uma história que desemboca pelo menos nessa decisão que, por seu próprio caráter irrevogável, não pode ser vista como um fracasso total. Acredito que exista toda uma classe de suicidas que põem fim à própria v...